Observações cotidianas: As esquinas da cidade
Um breve relato sobre os frequentadores assíduos das esquinas de Adamantina.

“Apesar do mundo ser redondo, é nas esquinas que a gente se encontra.”
Edna Frigato
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Nos últimos dias, em meio as falas ditas numa CPI, estamos vivenciando os famosos “eitas atrás de vixes”, tanto no cenário nacional como local (diga-se redes antissociais). Agora onde isso tudo vai parar... Talvez, seria melhor responder com a máxima de um certo Chicó, de um certo filme: Não sei... Só sei que foi assim!
No entanto, deixemos a “borda da terra plana” e vamos ao que interessa, falar um pouco da terrinha! Dando uma breve circulada por aqui e ali, eis que me deparo com as ruas, como era de se esperar, um tanto quanto vazias e monótonas.
O mais interessante é que tal monotonia, se intercala com os barulhos das esquinas locais. É curioso notar que inúmeras pessoas, na maioria das vezes os mesmos, se reúnem nas esquinas das áreas centrais da terrinha. E claro, isso não é de hoje e nem é restrito a terrinha! Mas o que me chama a atenção é como isso, de certa forma marca e identifica uma determinada localidade, com seus traços e especificidades.
E é mais interessante notar que muitos estabelecimentos como padarias, bares e afins, se localizam nas ditas “esquinas” das cidades, concentrando assim grande parte desse público matinal (ou não). O que de certa forma acaba trazendo uma identidade ao local e uma identificação do cliente com tal espaço. Talvez o que muitos dizem por aí, o famoso “bater ponto no local”!
Em meio a tal identidade-identificação, muitas vezes de posse de algum material de leitura, se juntam os “causos”, as “histórias” e quiçá os “rumos” destas ou daquelas situações que permeiam a terrinha (ou não).
Deste modo, é interessante notar que tais “espaços” carregam em si histórias e mais histórias em suas paredes, mesas e cadeiras, dos diferentes personagens (assíduos) que compõem tal cenário. Por mais banal que seja, tudo isso marca grande parte da história desses espaços por aqui. Basta observar a área central e seus frequentadores assíduos!
Tiago Rafael dos Santos Alves
Historiador – 0000486/SP
Membro correspondente da ACL e AMLJF