Cidades

Em menos de 100 dias, 62 empresas encerram atividades em Adamantina; 238 desde o início da pandemia

Levantamento mostra número de empresas que legalizaram baixa e fecharam suas portas, em Adamantina.

Por: Da Assessoria | Com informações do jornal Folha Regional atualizado: 13 de abril de 2021 | 17h02
Em Adamantina, 238 empresas fecharam suas portas, das quais, 62 neste ano de 2021 (Cedida). Em Adamantina, 238 empresas fecharam suas portas, das quais, 62 neste ano de 2021 (Cedida).

Um levantamento divulgado pelo jornal Folha Regional no último sábado (10) e também publicado no site Adamantina Net, mostra que nos três primeiros meses deste ano, 62 empresas fecharam suas portas em Adamantina. A informação foi obtida pela reportagem junto à Secretaria Municipal de Arrecadação e Fiscalização Tributária.

O Folha Regional levantou dados completos de todo o período da pandemia. Segundo a publicação, entre 1º de março de 2020 a 7 de abril deste ano, 238 empresas da cidade deram baixa na Prefeitura. Dessas, 176 entre 1º de março a 31 de dezembro do ano passado, e as 62 no primeiro trimestre deste ano.

O levantamento considera as empresas que legalmente fizeram a baixa junto ao poder público. Considerando a possibilidade de encerramento das atividades sem a baixa oficial, o número pode ser maior.

Reportagem do Folha Regional, deste sábado, 10 de abril (Foto: Siga Mais).

De acordo com o Folha Regional, Adamantina tem atualmente 3.264 empresas, o que inclui microempreendedores individuais (MEI), microempresas, empresas de pequeno porte e outras.

Prefeitura informa 529 empresas abertas, o que dá saldo positivo de 291 empresas criadas

Por outro lado, a Prefeitura de Adamantina, em nota, destaca que no mesmo período 529 empresas foram abertas. A nota não informa quais tipos de empresas, o que pode ser MEI ou outras configurações previstas na legislação tributária. A nota destaca que considerando as 529 aberturas de empresas e as 238 que encerraram suas atividades, há um saldo positivo de 291 empresas criadas no município. 

Empresários têm feito sua parte

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a recuperação da economia somente terá início se as empresas puderem abrir e permanecerem abertas – o que torna a aceleração da vacinação, dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI), uma medida de extrema urgência.

Em manifesto publicado na última quarta-feira (7) nos principais jornais do País, assinado com seus 136 sindicatos filiados, a FecomercioSP destaca que não é possível assistir, passivamente, à extinção de milhares de empresas e que se faz emergencial a atuação conjunta pela reconstrução econômica do País.

Segundo publicou em seu site, a Federação ressalta que nesse ambiente complexo e com a pandemia e a quarentena global inéditas, o empresário se depara com falta de incentivo fiscal, aumento de impostos e o abismo entre a oferta de crédito e a necessidade de recursos por parte das empresas dos mais diferentes setores.

Vitrine de loja em Adamantina traz desabafo do setor (Foto: Siga Mais).

A FecomercioSP menciona também a falta de diálogo e coordenação entre as diferentes esferas do poder público nas cidades, estados e União. “A ausência de coordenação entre os governos municipais, estadual e federal é evidente e um importante agravante que afeta todos os cidadãos, sem exceção. Em contrapartida à falta de articulação nacional para manter a estrutura econômica do País e a sobrevivência das empresas, o trabalho de entidades de classe tem apoiado as ações dos empreendedores que se veem desamparados”.

Ainda de acordo com a instituição do comércio, mais que se adaptar, o empresário se reinventou inúmeras vezes desde que a pandemia de Covid-19 teve início. “Além de seguir os protocolos de saúde à risca e as determinações de fechar as portas em períodos de maior restrição, limitando o atendimento no espaço físico, o máximo foi feito para pagar as contas em dia e manter os empregos dos funcionários”, diz a FecomercioSP. “Apesar dos esforços, que ainda envolvem investimentos em novas tecnologias e aprimoramento dos serviços de entrega para continuar a atender o cliente com segurança, os indicadores, tanto nacionais como estaduais, mostram um cenário crítico no qual o número de contaminados só cresce”, completa. (Continua após a publicidade...)

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Prefeitura suspende cobrança de multas e juros sobre impostos municipais até dezembro

Como medida de apoio ao contribuinte, a Prefeitura de Adamantina suspendeu por meio do Decreto 6337, de 5 de abril de 2021, a incidência de multas e juros sobre o IPTU/2021, ISS Fixo, Taxa de Licença para Fiscalização de Funcionamento/2021 e ISS Variável/2021 prestador até 30 de dezembro.

Segundo divulgou a Prefeitura, a decisão considerou a suspensão parcial das atividades econômicas em função da pandemia Covid-19, que tem desequilibrado o fluxo de caixa do setor de comércio e serviços, o que impacta também na renda dos moradores que trabalham no comércio e em todo o giro da economia da cidade.

Assim, de acordo com a Prefeitura, estão excluídos da suspensão de multas e juros os recolhimentos de ISS retido na fonte, de ISS de empresas enquadradas nos regimes Simples Nacional e Microempreendedor Individual, bem como acordos de parcelamentos administrativos e judiciais.

O decreto municipal atende a solicitação dos comerciantes que estiveram reunidos no final de março com os representantes do poder executivo. A suspensão da cobrança de multas e juros sobre os tributos municipais até dezembro poderá ser reavaliada a qualquer momento.

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