Cidades

Lucélia realiza 2º Encontro de Atabaques neste domingo (17)

Realização é da Tenda Pai Jacob de Angola em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

Por: Da Redação atualizado: 18 de novembro de 2024 | 09h56
(Imagem ilustrativa/Freepik). (Imagem ilustrativa/Freepik).

Lucélia sedia neste domingo (17) o 2º Encontro de Atabaques, realizado pela Tenda Pai Jacob de Angola. A iniciativa ocorre em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado dia 20 de novembro, data que é feriado nacional.

Segundo os organizadores, haverá roda de capoeira e concurso de atabaque. O evento tem entrada franca, com início às 13h. A programação acontece no Clube Afucal, à Avenida Marginal Amadeu Demiscki, 262 (marginal à via de acesso de Lucélia).

Mais informações com Mãe Cida (18) 99704-1918, Daniele (18) 99653-9102 e João Vitor (18) 99718-5214.

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Atabaque: o som ancestral que conecta história, cultura e espiritualidade

O atabaque, um dos mais emblemáticos instrumentos de percussão de origem africana, carrega em cada batida um rico simbolismo cultural e espiritual, especialmente para a comunidade negra. Introduzido no Brasil durante o período da escravidão, ele desempenha papel central em manifestações culturais e religiosas afro-brasileiras, como o candomblé, a umbanda e a capoeira.

Feito tradicionalmente de madeira e couro, o atabaque é mais que um instrumento musical; ele é um veículo de conexão com os ancestrais e com o divino. Em rituais religiosos, suas vibrações profundas e ritmadas são consideradas sagradas, pois evocam orixás, guias espirituais e energias da natureza. Ele também é visto como um elo que mantém viva a herança africana em solo brasileiro.

Na capoeira, o som do atabaque guia os movimentos dos capoeiristas, ditando o ritmo da roda e reforçando a sinergia entre os participantes. Na música popular brasileira, ele também deixou sua marca, sendo incorporado a diferentes gêneros musicais, como o samba e a MPB, evidenciando sua versatilidade e influência.

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Mais do que um instrumento, o atabaque é um símbolo de resistência cultural. Durante o período colonial, a prática de rituais religiosos africanos e o uso de seus instrumentos eram reprimidos. Ainda assim, a força da comunidade negra manteve viva essa tradição, que hoje é celebrada como parte fundamental da identidade brasileira.

Ao ressoar, o atabaque ecoa histórias de luta, resiliência e pertencimento, além de manter viva a memória de uma rica herança africana que continua a moldar a cultura do Brasil. Ele não é apenas um instrumento; é um símbolo de liberdade e um chamado para reconhecer e valorizar as contribuições da cultura negra em nossa sociedade.

(Divulgação).

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