Ensino

Escolas estaduais de Adamantina não aderem ao programa de escolas cívico-militares

Na região, escolas estaduais de Dracena, Junqueirópolis e Panorama manifestam interesse.

Por: Da Redação atualizado: 22 de julho de 2024 | 07h57
Das 33 escolas estaduais da Diretoria Regional de Ensino de Adamantina, 4 manifestaram interesse (Imagem ilustrativa: Taylor Flowe/Unsplash). Das 33 escolas estaduais da Diretoria Regional de Ensino de Adamantina, 4 manifestaram interesse (Imagem ilustrativa: Taylor Flowe/Unsplash).

Nenhuma das três escolas estaduais de Adamantina – Fleurides Cavalini Menechino, Helen Keller e Durvalino Grion – manifestou interesse na adesão ao programa de escolas cívico-militares, que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP) pretende implantar partir de 2025 na rede pública estadual.

As três escolas estaduais da cidade não fazem parte da lista de 302 unidade de ensino no estado, onde seus diretores manifestaram interesse no modelo. Um edital divulgado pela Seduc-SP nesta quinta-feira (18) convoca uma chamada pública onde essas 302 escolas deverão realizar uma consulta pública em cada comunidade escolar.

Essa é a segunda etapa do processo de escuta que a Seduc-SP está promovendo sobre o tema. Entre os dias 21 e 28 de junho, os diretores de todas as unidades da rede pública paulista opinaram sobre a adesão ao novo modelo. Nesse período, 302 diretores manifestaram interesse em atuar no modelo das escolas cívico-militares.

Na área da Diretoria de Ensino da Região de Adamantina, das 33 escolas estaduais, quatro manifestaram interesse. Duas delas em Dracena (escolas Professora Julieta Guedes Mendonça e Alfredo Machado), uma em Junqueirópolis (Escola Professor Geraldo Pecorari) e a quarta em Panorama (Escola João Brasio).

(Fonte: Seduc-SP).

Na região de Presidente Prudente, ao todo, são nove escolas que manifestaram interesse. As demais estão na própria cidade de Presidente Prudente (duas), uma em Martinópolis, uma em Presidente Venceslau e uma em Regente Feijó. 

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A partir do edital desta quinta-feira, as 302 unidades de ensino deverão organizar reuniões com pais ou responsáveis até o dia 31 de julho para discutir o novo modelo. A opinião das comunidades escolares deve ser registrada entre os dias 1º e 15 de agosto, por meio da Secretaria Escolar Digital (SED). “Nosso objetivo é ouvir a sociedade e a comunidade escolar. A adoção do novo modelo passa necessariamente pela consulta pública. Esta iniciativa foi estruturada para ser implementada de forma gradual, com muito diálogo e escuta da nossa rede”, afirma o secretário-executivo da Seduc-SP, Vinícius Neiva.

A expectativa da secretaria é iniciar o projeto em 2025 com 45 unidades educacionais da rede, permitindo um acompanhamento detalhado da implantação do modelo e a avaliação da possibilidade de ampliação nos próximos anos.

Quem pode participar da consulta pública:

  • Mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade;
  • Estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária;
  • Professores e outros profissionais da equipe escolar.

Durante a consulta pública, se mais do que 45 comunidades escolares manifestarem interesse no programa, serão adotados critérios de desempate para a seleção das unidades. Entre eles:

  • Distância de até dois quilômetros de outra unidade que não optou pelo programa, em caso de mais de uma escola interessada na mesma cidade;
  • Número de votos válidos a favor da implantação. Para que a votação a favor seja válida, é preciso que 50% dos votantes mais um optem pelo sim;
  • Escolas com mais níveis de ensino, ou seja, que ofertam o Ensino Fundamental e o Médio;

Unidades com mais estudantes que se ausentaram nas provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp).

As 45 escolas selecionadas para integrar o programa serão conhecidas até o final de agosto. O período coincide com a primeira etapa do processo de matrículas e transferências na rede estadual de ensino. Até o início de setembro, estudantes poderão registrar intenção de transferência para essas unidades ou para outras escolas da rede.

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Currículo e processo seletivo das escolas cívico-militares

As escolas que adotarem o modelo cívico-militar seguirão o Currículo Paulista, organizado pela Secretaria da Educação. A Seduc-SP também será responsável pelo processo de seleção dos monitores e pela formação dos professores das unidades.

Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.

A SSP também vai participar do desenvolvimento de atividades extracurriculares na modalidade cívico-militares, organização e segurança escolar. O processo seletivo dos policiais da reserva— será ao menos um por escola — caberá à Educação e deverá ter início após as consultas públicas. No caso de escolas municipais, a Segurança Pública deve colaborar com as prefeituras e a seleção ficará a critério das secretarias municipais.

O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares. O gasto com a contratação dos monitores, já considerando a expectativa final de 100 escolas cívico-militares, será de R$ 7,2 milhões.

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