Projeto Nossa Gente e Juridicando unem forças na elaboração do 1º atlas geográfico regional
População está convidada para participar da epopeia da criação coletiva.
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Você gosta de novidade? Principalmente quando ela tem um propósito? Então temos uma proposta da qual você pode ser um dos artífices: trata-se da criação do primeiro atlas geográfico regional da Nova Alta Paulista. Representações cartográficas que favorecerão estudantes, professores, agentes públicos municipais, tomadores de decisão e pessoas que querem conhecer essa pequena área do estado de São Paulo, com particularidades pouco percebidas.
Sabia que os trinta municípios que formam a Nova Alta Paulista estão dispostos no paralelo 21º Sul? Uma coincidência difícil de se repetir em outras regiões do Brasil. Sabia que o nosso território, entre o final do século XV e meados do século XVIII, já pertenceu à Espanha? Sabia que nossas cidades são importantes centros dispersores de água, que alimentam a represa da hidrelétrica de Porto Primavera? Sabia que os dois rios que nos delimitam (Aguapeí e Peixe) formam um retângulo único no território estadual, dando a ideia de uma mesopotâmia paulista? Sabia que, em algumas publicações, mesmo sem fazer parte do Pontal do Paranapanema, somos incluídos nessa porção do território paulista? Sabia que, oficialmente, não somos uma região administrativa e nos vemos como uma região e ela, conceitualmente, é chamada de região como espaço vivido? Sabia que a maior parte dos nossos municípios têm menos de 15% de cobertura vegetal nativa?
Essas são algumas das nossas particularidades, que merecem ser esclarecidas e evidenciadas, pois temos características únicas em relação aos nossos vizinhos.
De onde vem a ideia da criação do atlas geográfico regional?
A ideia de elaboração do atlas geográfico surgiu durante a fase de desenvolvimento do primeiro material didático voltado aos estudos locais (município) e regionais (Nova Alta Paulista). A representação espacial de fenômenos que nos identificam é uma necessidade nesses estudos e começamos a elaborar alguns mapas, tendo sempre como base os mapas oficiais do estado de São Paulo e, a partir deles, destacamos o conjunto dos nossos municípios. O êxito e a importância desse trabalho inspiraram a elaboração de um material mais completo, pensando em disponibilizá-lo para toda a comunidade regional.
Priorizamos temas como localização dos municípios, paisagem regional (altitude, relevo, vegetação, hidrografia, pedologia), densidade demográfica, distribuição espacial das cidades, distribuição espacial dos presídios, renda per capita, pirâmides etárias, cobertura vegetal nativa, entre outros temas.
Por que desenvolver estudos do lugar?
Qualquer pessoa tem interesse em conhecer melhor o lugar e a região onde vive. Na escola esse conhecimento faz parte do currículo do ensino fundamental e do ensino médio. Na infância e adolescência, as disciplinas de História e Geografia têm importante papel na construção da identidade social dos alunos, se destacando, portanto, os estudos do lugar onde eles vivem. Essa abordagem é contemplada nos parâmetros oficiais de ensino, especialmente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Currículo Paulista. Sem abordagem no livro didático, os professores precisam “garimpar” informações das localidades próximas, justificando a elaboração de material didático com enfoque local.
O material didático foi elaborado por um grupo de oito professores das três microrregiões de governo que compõem a Nova Alta Paulista (Adamantina, Dracena e Tupã) e contempla todos os componentes curriculares. Os professores são voluntários e os custos para elaboração de um piloto vieram da Lei Federal nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, por meio de projeto inscrito pela professora Izabel e professor Tiago, junto à Secretaria de Cultura e Turismo de Adamantina.
O atlas geográfico regional surge nesse contexto e já está em fase adiantada de desenvolvimento. Agora buscamos parcerias para a impressão desse material valioso e original.
Como as pessoas podem participar?
Por ser um trabalho inédito, cujos temas interessam a todos nós, pensamos numa forma de as pessoas participarem. Vamos organizar uma ação de pré-lançamento, com aquisição antecipada, viabilizando a impressão do material. Isso ainda demorará algumas semanas, pois estamos desenvolvendo o conteúdo.
Faremos ampla divulgação, com apresentações do material, e daremos explicações sobre a forma de aquisição. A nossa meta é imprimir 500 unidades. No dia do lançamento, as pessoas retiram os seus exemplares e interagem com os colaboradores, criando um ambiente de conexões e troca de saberes.
Ainda não temos o valor definido porque não fechamos a quantidade de páginas para fazer o orçamento. Estamos trabalhando para que o material seja concluído em breve.
Estamos abertos a patrocínios, caso alguma empresa queira ter a sua logomarca impressa num material inédito, que pretendemos colocar em todas as escolas da região.
Quem está desenvolvendo o primeiro atlas geográfico regional da Nova Alta Paulista?
Nossa Gente é um projeto de extensão vinculado aos cursos de História e Geografia da FAI e à Pró-Reitoria de Extensão, sob orientação da professora doutora Izabel Castanha Gil. A elaboração do atlas geográfico regional é uma das ações do projeto desenvolvida por um grupo de professores e um técnico, todos atuando de maneira voluntária. Tiago Rafael dos Santos Alves, formado em História e Geografia pela FAI, é professor da rede pública estadual de ensino e, atualmente, cursa doutorado na UNESP, campus de Tupã. Elias Azevedo da Silva é professor de Geografia na rede pública estadual de ensino, em Panorama, e também professor da rede pública municipal de ensino, em Brasilândia/MS. Atualmente cursa doutorado na UFMS, campus de Três Lagoas. João Vitor Sampar é egresso do curso de Engenharia Ambiental da FAI e trabalha com georreferenciamento em uma empresa de consultoria.
O atlas geográfico faz parte de um esforço conjunto para elaboração do primeiro material didático dedicado aos estudos locais e regionais. Esse material complementa os estudos do aluno, uma vez que o livro didático utilizado no ensino fundamental I e II aborda temáticas mais genéricas, priorizando os grandes centros industriais e populacionais onde a economia é mais dinâmica, ou regiões com matérias primas estratégicas, destacados centros de poder, belezas cênicas exuberantes, entre outras características de grande impacto.
Na infância e adolescência, as disciplinas de História e Geografia têm importante papel na construção da identidade social dos alunos, se destacando, portanto, os estudos do lugar onde vivem os estudantes. Essa abordagem é contemplada nos parâmetros oficiais de ensino, especialmente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Currículo Paulista. Sem abordagem no livro didático, os professores precisam “garimpar” informações das localidades próximas, justificando a elaboração de material didático com enfoque local. O atlas geográfico compõe o material didático, oferecendo base cartográfica para as temáticas desenvolvidas.
O material didático foi elaborado por um grupo de oito professores das três microrregiões de governo que compõem a Nova Alta Paulista (Adamantina, Dracena e Tupã) e contempla todos os componentes curriculares. Os professores são voluntários e os custos para elaboração de um piloto vieram da Lei Federal nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, por meio de projeto inscrito pela professora Izabel e pelo professor Tiago, junto à Secretaria de Cultura e Turismo de Adamantina.
O que faz o Juridicando?
O Juridicando é um projeto de extensão do curso de Direito do Centro Universitário de Adamantina (FAI), vinculado ao Programa FAI-Cidadã e coordenado pela Prof.ª Dra. Fernanda Stefani Butarelo. Lançado em dezembro de 2021, o podcast visa aproximar o universo jurídico da comunidade, abordando temas relevantes de forma acessível.
Sob a orientação e apresentação do Prof. Me. José Eduardo Lima Lourencini e com apoio e apresentação do coordenador do curso, Prof. Me. Igor Terraz Pinto, o Juridicando produz séries temáticas, como a que explorou as interseções entre Inteligência Artificial e Direito, discutindo desde o uso da IA no cotidiano forense até questões relacionadas a fake news e segurança eleitoral.
Além das plataformas digitais, o podcast é transmitido na Rádio Cultura FM 99,3 MHz, reforçando seu compromisso com a disseminação de conhecimento jurídico de qualidade para toda a sociedade.
Em 15 de fevereiro, em pleno sábado, o professor Lourencini entrevistou os envolvidos na elaboração do atlas geográfico e a graduanda Maria Eduarda Sibioni de Souza, atualmente bolsista do Projeto Nossa Gente, demonstrando a importância e a força das parcerias. Confira podcast sobre o assunto.