Polícia

Feminicídio: acusado de matar ex-companheira é preso pela Força Tática da PM

Homem matou a mulher diante do filho dela e fugiu após o crime.

Por: Da Redação atualizado: 22 de novembro de 2021 | 16h35
Jorge Marcelo Barreto, de 32 anos, acusado de matar sua companheira Mara Jaqueline Flor dos Santos, 29 anos. (Foto: Cristiano Nascimento/Portal Metrópole) Jorge Marcelo Barreto, de 32 anos, acusado de matar sua companheira Mara Jaqueline Flor dos Santos, 29 anos. (Foto: Cristiano Nascimento/Portal Metrópole)

Foi preso na noite desta quinta-feira (12), pela Força Tática da Polícia Militar, o servente Jorge Marcelo Barreto, de 32 anos, acusado pelo feminicídio praticado na noite desta terça-feira (10), em Adamantina, onde a ex-companheira Mara Jaqueline Flor dos Santos, de 29 anos, foi morta com cortes na altura do pescoço, diante do filho dela. O crime ocorreu na região do bairro Parque Universitário (reveja).

O agressor fugiu após o crime e desde então passou a ser procurado pelas polícias Civil e Militar de Adamantina e região, sendo preso por volta das 22h de ontem em uma chácara, no Jardim Guarujá, em Osvaldo Cruz. A Força Tática da PM chegou até ele a partir de denúncias anônimas. Segundo o 1º tenente Guilherme Minoru, da Polícia Militar, o homem preso confessou o crime e alegou tê-lo praticado por motivos passionais.

Jorge Marcelo Barreto, de 32 anos, foi preso e deverá responder pelo assassinato da ex-companheira (Reprodução).

O acusado foi encaminhado pela Força Tática da PM ao plantão da Polícia Civil de Osvaldo Cruz, e depois a Adamantina, sendo recolhido à Cadeia local, onde deve prestar depoimento junto à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que preside o inquérito, que busca esclarecer todas as circunstâncias do crime, bem como localizar a faca usada no crime.

Justiça decreta prisão temporária de 30 dias

A prisão do acusado, fora do flagrante, é amparada por um mandado de prisão temporária expedido na quarta-feira (11), dia seguinte ao crime, pela Justiça de Adamantina. Agora, vai responder ao inquérito, pelo crime de homicídio qualificado. A prisão temporária pode, eventualmente, ser convertida em prisão preventiva, para que o acusado responda preso a todo o processo.

Comparsa foi preso pela Polícia Civil

Um outro personagem foi preso na tarde desta quinta-feira (12) pela Polícia Civil no distrito de Iubatinga, em Caiabú (reveja). Ele foi autuado como coautor do crime. Segundo a Polícia Civil de Adamantina, a investigação permitiu apurar que o autor do crime foi auxiliado por um terceiro, que conduziu seu próprio veículo, levando o agressor até a casa da vítima, no bairro Parque Universitário, aguardando o cometimento do crime e, em seguida, dando fuga para ele.

Ele foi preso após trabalho de investigação realizado pelas equipes da Polícia Civil de Adamantina - Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE). A prisão também é amparada por mandado judicial.

Carro usado na fuga, dirigido pelo comparsa, que foi autuado como coautor do feminicídio (Cedida/Polícia Civil).

O coautor foi ouvido e transferido para a cadeia pública de Presidente Venceslau, onde está recolhido, também à disposição das autoridades. O carro usado no crime foi periciado e apreendido. (Continua após a publicidade...)

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Frieza: homem matou a mulher diante do filho dela

Segundo relatos da irmã da vítima, a mulher  havia se separado do suspeito e chegou a mudar-se de casa várias vezes, já que o homem a perturbava.

Na noite do crime, segundo revelou a irmã, o homem enviou uma mensagem à vítima, pedindo documento do filho dela. Ele havia assumido a paternidade da criança e alegou que tinha a intenção de tirar seu nome do registro de nascimento, pois não queria manter esse vínculo.

Com essa alegação, combinou com a vítima de encontrá-la em uma esquina da rua. Com medo e temendo alguma reação de violência, a irmã se dispôs a levar a certidão de nascimento, e assim o fez.

Mara Jaqueline Flor dos Santos, de 29 anos, morreu após ser golpeada com faca (Reprodução).

Depois disso o homem mandou outra mensagem à vítima, dizendo que ela poderia buscar o documento, no mesmo local. Novamente a irmã retornou ao ponto de encontro, quando um amigo da família contou que a irmã havia sido esfaqueada. 

De acordo com relato do amigo, à irmã da vítima, o agressor chegou na varanda da casa e pediu que a ex-companheira para pegar a criança no colo, que foi entregue a ele.

Foi quando o agressor devolveu o filho e em seguida atingiu a mulher com uma faca, na altura do pescoço, fugindo em seguida. A vítima conseguiu entrar na casa e colocar a criança no carrinho, caindo em seguida na cozinha, onde permaneceu até a chegada da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Ao chegar no local a equipe do Corpo de Bombeiros encontrou a mulher já sem os sinais vitais, caída no cômodo, com o corte no pescoço e intenso sangramento. Ela foi removida ao pronto-socorro da Santa Casa de Adamantina, onde foi confirmado o óbito.

O corpo de Mara Jaqueline Flor dos Santos ocorrerá no Velório Municipal de Mariápolis (ainda sem previsão) e o sepultamento está previsto para o final do dia, na mesma cidade. 

Segundo caso em menos de quatro meses

Este é o segundo caso de feminicídio registrado em Adamantina, em menos de quatro meses. Em 26 de maio passado o agente penitenciário Tiago Pina, réu confesso, matou a ex-companheira Vanessa Nery Maciel, de 30 anos, e ocultou o corpo da vítima em uma estrada rural (reveja). Ele foi preso em São Paulo, onde trabalhava, um dia após ter praticado o crime em Adamantina. Desde o dia 27 de maio ele está detido, e responde preso à acusação. O caso ainda não foi julgado. 

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