Por dívida de US$ 2 milhões, pecuarista de Adamantina seria mandante de assassinato no MS
Morador de Adamantina tem propriedade rural na cidade onde ocorreu o crime, em Sete Quedas (MS).
O SIGA MAIS divulgou na manhã desta terça-feira (12) sobre uma operação realizada ontem (11) em Adamantina, de buscas a um endereço de um pecuarista de 64 anos, morador em um apartamento no centro da cidade, suspeito de envolvimento com um assassinato ocorrido em Sete Quedas, município de Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai.
Buscas em Adamantina (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).
A operação em Adamantina teve o apoio da Polícia Civil local, por meio de agentes da DIG/DISE, que divulgou nota preliminar sobre a ação. Em Adamantina, nas buscas, o morador não foi localizado. Porém, em seu apartamento, os policiais encontraram armas e munições, que foram apreendidas.
Morador é suspeito de ser mandante do assassinato, por dívida de US$ 2 milhões
Os detalhes complementares sobre o caso foram divulgados nesta terça-feira pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Conforme informa seu site, a Delegacia de Polícia de Sete Quedas (MS), em ação que contou com o apoio de equipes de Dourados (MS), Três Lagoas (MS) e Adamantina (SP) apreendeu na segunda-feira vasta quantidade de armas ilegais, bem como petrechos de armas utilizados por grupos de extermínio e grande quantidade de munições na residência de um suspeito acusado por ser o mandante da execução do pecuarista Valdereis Rodrigues de França (61), no início deste mês em Sete Quedas.
No dia 5 de novembro Valdereis foi alvejado por diversos disparos de arma de fogo calibre 9mm enquanto estava transitando em sua camioneta Toyota Hilux, pela Rua 4 de abril, no centro de Sete Quedas. O crime ocorreu em plena luz do dia, por volta das 9h15, e foi rapidamente atendido pelas equipes das forças de segurança local.
Local do crime (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).
Equipe de Perícia Científica e as equipes da Polícia Civil realizaram os trabalhos de coleta de evidências no cenário do crime. Segundo divulgou a Polícia Civil foram encontrados 8 estojos de munição calibre 9mm e 5 projéteis, “demonstrando que o crime foi executado com armamento pesado e de forma premeditada”.
Diante dessas informações a equipe da Seção de Investigações Gerais de Dourados foi designada para presidir as investigações, tendo em vista que havia suspeita do envolvimento de uma rede de pistoleiros no crime.
Moto usada na execução (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).
Conforme divulgou a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, os agentes conseguiram identificar o mandante do crime, o pecuarista de 64 anos, residente no Brasil e também com cidadania Paraguaia. A moto utilizada no crime também foi localizada incinerada com intuito de apagar as provas do crime.
Com o desenrolar das investigações, na manhã desta segunda-feira policiais deslocaram até a fazenda do suspeito, nos limites entre o município de Paranhos e Sete Quedas, bem como na sua residência em Adamantina.
Armas e munições apreendidas (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).Armas e munições apreendidas (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).
Durante o cumprimento dos mandados de busca os policiais localizaram na fazenda do mandante carregadores com capacidade grande capacidade de armazenamento. Em Adamantina foram localizadas outras armas e muitas munições. A ação contou com apoio do SIG de Três Lagoas e também de equipes da Polícia Civil de São Paulo.
Ao todo foram apreendidas mais de 10 armas de fogo e quase 1000 munições, além de drones, binóculos e outros petrechos que podem ter sido utilizados na execução do crime.
Armas e munições apreendidas (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).Armas e munições apreendidas (Divulgação/PC de Mato Grosso do Sul).
O suspeito não foi encontrado nos endereços. De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, ele teria fugido para o Paraguai, e segue foragido até o momento. A Polícia Paraguai foi acionada para colaborar na captura do suspeito.
A investigação apontou que o crime foi motivado diante de uma desavença por dívida de 2 milhões de dólares do pecuarista com a vítima. As investigações seguem para identificar os demais envolvidos.