Rede de Combate ao Câncer de Adamantina terá jantar dançante dia 16, data em que comemora 50 anos
Evento beneficente acontece dia 16. Convites à venda na instituição e com seus voluntários.
Fundada em 16 de dezembro de 1973, a Rede de Combate ao Câncer de Adamantina vai realizar neste mês, na exata data do seu cinquentenário, um jantar dançante beneficente para celebrar suas cinco décadas de serviços prestados na cidade e região. A instituição é referência em atendimento de apoio a pacientes com câncer e seus familiares.
As comemorações do Jubileu de Ouro acontecem no Espaço Wanda Maion, às margens da rodovia Adamantina/Mariápolis, a partir das 20h. As celebrações devem reunir voluntários, dirigentes, pacientes e idealizadores da instituição.
(Divulgação).
Uma presença esperada é da fundadora da Rede, professora Nelli Junqueira de Freitas, hoje residente em João Pessoa, na Paraíba. Ela retorna à cidade para participar das festividades e será homenageada com a entrega do título de Cidadã Adamantinense, conferido em agosto deste ano pela Câmara Municipal por iniciativa da vereadora Noriko Saito. A homenagem é subscrita por todos os vereadores e teve aprovação unânime em plenário.
O jantar de 50 anos da Rede terá animação do cantor e performer Manolex. Convites estão à venda na instituição e com seus voluntários, no valor individual de R$ 120. A instituição tem sua sede própria à Rua Mário Olivero, 259, Vila Cicma, com telefones (18) 3521-1815 e (18) 99702-2610. Acesse aqui suas redes sociais no Facebook e Instagram.
Livro e homenagens
Nesta semana o SIGA MAIS esteve na Rede e participou de um encontro com a atual presidente, Roseli Lozano Godoy, e ainda as voluntárias Neusa Balzanini (que presidiu a instituição em 2010 e 2011 e depois de 2016 a 2018), e Vera Sgorlon, que detalharam sobre o Jantar Dançante comemorativo, a história da Rede e seus serviços prestados à comunidade regional.
Elas destacaram que a programação deste mês se concentra no Jantar, dia 16, o que tem mobilizado os voluntários, apoiadores e parceiros. A noite será festiva e solidária, pela comemoração aos 50 anos, e pela oportunidade de angariar recursos para o custeio de suas atividades e atendimentos.
Neusa, Roseli e Vera (Siga Mais).
Já para o início do ano que vem a programação do cinquentenário segue com o lançamento do livro “50 anos plantando amor”, que traz toda a trajetória da instituição, seu papel no atendimento a pacientes com câncer se familiares, a atuação dos voluntários e dirigentes, os principais eventos, além de relatos de atendidos, curiosidades e outras informações que narram sua história.
A publicação é idealizada, organizada e escrita pela ex-presidente Neusa Balzanini, e está na etapa final de registro, para posterior impressão. A publicação tem o apoio do Centro Universitário de Adamantina.
A fundadora e o pioneirismo no interior de SP
Segundo a biografia que acompanha o projeto de decreto legislativo que concedeu o título de Cidadã Adamantinense à fundadora da Rede, Nelli Junqueira de Freitas, a entusiasta chegou em Adamantina no ano de 1954 para seguir sua carreira como professora, dedicando três décadas à educação na Delegacia de Ensino local. Casou-se com João Andrade e juntos criaram quatro filhos. Nelli desempenhou um papel significativo na vida social da cidade nas décadas de 50 e 60, com participação ativa no Rotary Club e na Casa da Amizade. Além disso, foi uma das pioneiras na fundação da Rede de Combate ao Câncer e da APAE, dedicando mais de 15 anos à liderança dessas instituições. Em 1989, decidiu mudar-se para João Pessoa, na Paraíba, por razões familiares, onde reside até hoje. Agora, aos 88 anos de idade, retorna a Adamantina.
Imagem da fundadora na galeria das presidentes (Siga Mais).
O que antecedeu a fundação da Rede em Adamantina foi a experiência vivida por Nelli Junqueira de Freitas quando acompanhava sua sogra, em tratamento contra o câncer, no AC Camargo, em São Paulo, e identificou mulheres voluntárias usando vestidos na cor rosa, atuando no hospital, em apoio a famílias. Ela perguntou sobre quem seriam, e foi estimulada pela jornalista e ativista social Carmen Annes Dias Prudente, um ícone à época, que em 1946 criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer, na capital paulista.
Inspirada nesse voluntariado e estimulada pessoalmente por Carmen Prudente, Nelli decidiu reproduziu o modelo visto em São Paulo, mobilizou voluntárias e fundou a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Adamantina, pioneira no interior paulista.
Atendimentos, serviços e voluntariado
Fundada em 1973 como Rede Feminina de Combate ao Câncer de Adamantina, a instituição adamantinense se mobilizou com o foco de angariar recursos e apoiar o hospital paulista AC Camargo, e também na atenção a mulheres da cidade, com câncer, e seus familiares. Mais adiante, em julho de 2000, com a mudança de seu estatuto, suprimiu a palavra “Feminina” da sua pessoa jurídica e ampliou seus serviços ao público em geral. Há mais de duas décadas, sem a condicionante da atuação voltada ao público feminino, atende homens e mulheres, na prevenção e no suporte a tratamentos em pacientes com câncer.
Junto ao público feminino os principais atendimentos são a realização de exames preventivos de Papanicolau e mama, e nos homens os exames de PSA e próstata. Nos casos confirmados da doença, atua no encaminhamento de pacientes, oferece suporte médico, emocional, terapêutico, nutricional e medicamentoso a esses assistidos e a seus familiares, em diferentes necessidades.
Sede da Rede de Combate ao Câncer de Adamantina (Reprodução).
Os encaminhamento para tratamento são feitos à Fundação Amaral Carvalho (Hospital do Câncer de Jaú). Na mesma cidade, para o melhor suporte a pacientes adamantinenses sob tratamento, mantém uma casa de apoio em parceria com a Prefeitura de Adamantina, que compartilham responsabilidades, custeios e encargos.
Casa de Apoio em Jaú (Reprodução).
Para ilustrar o volume de atendimentos realizados pela Rede, o SIGA MAIS levantou com as representantes, os números do ano passado. Foram 1.162 exames preventivos em mulheres e 652 em homens. Desses, 92 pacientes foram encaminhados a Jaú, para tratamento oncológico. Ainda em relação aos números do ano passado, desses 92 pacientes, 60 são de Adamantina, 20 de Flórida Paulista, 7 de Lucélia, 3 de Mariápolis e 2 de Pacaembu.
O funcionamento da Rede e o custeio dos serviços prestados e atendimentos mobiliza uma ampla rede de parceiros e colaboradores, voluntários, e profissionais contratados. Suas receitas são originadas de subvenções municipais via Prefeitura de Adamantina, doações via dízimo das paróquias Nossa Senhora de Fátima e Santo Antônio, e doações voluntárias entre contribuintes rotineiros, campanhas, promoções, bazar e eventos como a tradicional bacalhoada, chás beneficentes e jantares, além de emendas parlamentares pontuais, quando dirigidas à instituição.